“Maternidade desobediente” é como a jornalista espanhola Esther Vivas define a maternidade feminista. Nas palavras dela, aquela que é “insubmissa, que rompe com os arquétipos que nos impuseram ao longo da história”. A definição inspira o título do livro recém lançado pela autora no Brasil, “Mamãe desobediente — Um olhar feminista sobre a maternidade”, publicado pela Editora Timo.
Entre os temas destacados pela jornalista, estão a depressão pós-parto, aborto e a violência obstétrica. O aleitamento materno também recebe um capítulo à parte em que a autora fala ainda sobre a ação da indústria das mamadeiras.
“Uma das maiores satisfações em publicar “Mamãe desobediente” foi o retorno que recebi de tantas mulheres que se conectaram de uma forma ou de outra com a obra, que se sentiram acompanhadas, que deram palavras a seus sentimentos, que encontraram informação, que se reconheceram nas experiências que o livro reúne, que acharam um caminho para começarem a curar suas feridas, que se indignaram, que sabem que não estão sozinhas e que não são as únicas”, diz Esther.
“Mamãe desobediente” foi lançado na Espanha em 2019 e já está em sua 11ª edição por lá. No ano passado, o livro foi publicado na Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Bolívia e México.
Esther revela que usou a própria experiência como mãe como inspiração para a obra. Ela diz que o livro não tem como alvo apenas as mães, mas também pais, além de homens e mulheres que nunca tiveram filhos. “A maternidade e a criação nos implicam a todos”, pontua.